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24-01-2019 | Fonte: DW O Conselho da República conta com um novo membro de índole duvidosa. Trata-se do empresário Carlos Cunha que recentemente foi condenado pela justiça portuguesa a pagar 1.800.000 euros por incumprimento de contrato. No passado dia 3 de janeiro, o Presidente de Angola nomeou o empresário Carlos Cunha membro do Conselho da República. Mas o homem que mereceu a confiança de João Lourenço tem a sua honestidade beliscada. É que o empresário não respeitou um acordo com o empresário espanhol Severino Echarte no âmbito de uma iniciativa que visava levar à Luanda o tenor Plácido Domingo em 2015. Em causa estava a comemoração dos 40 anos da independência de Angola prevista para 6 de novembro daquele ano. E o que deveria ser um evento histórico para Angola acabou nas barras do tribunal. O lesado meteu queixa contra Carlos Cunha: "Não só digo eu que é um caso de absoluta má fé, como também as sentenças que foram proferidas pelos tribunais portugueses, e que ditaram a sentença no passado mês de dezembro, acusam-no de autêntica má fé, de total incumprimento do contrato. Tanto ele como as pessoas que estavam ao seu redor." As desculpas de Carlos Cunha No 11 de Dezembro de 2018 o Tribunal da Relação de Lisboa validou a condenação do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, de 30 de novembro de 2017, que determinava o pagamento de mais de 1,8 milhões de euros, mais juros e outros custos, por parte da empresa de Carlos Cunha, a Paladar, à Trio Austral Consulting Limited, empresa do espanhol Severino Echarte. Tudo começou com o incumprimento do contrato entre as duas empresas, a Paladar deveria ter pago duas prestações de 900 mil euros a Trio Austral pelos seus serviços: a primeira até 30 de junho de 2015, e a segunda, até 30 de setembro do mesmo ano. Segundo Severino Echarte, quando questionado sobre as violações do contrato "ele dizia que estávamos com as mais altas instâncias do país e que era gente de bem e que tudo se iria cumprir até ao último minuto. Mas era tudo mentira, nada foi cumprido, nada." O empresário espanhol lembra que a apoiar esta iniciativa estava, por exemplo, a ex-primeira dama de Angola Ana Paula dos Santos e sublinha que um projeto que envolve interesses do Estado, como a celebração da independência, só seria possível com o aval do Governo. Mas nem este se importou com o incumprimento, diz. Sobre a hipótese de mediar o caso amigavelmente com Carlos Cunha, Severino Echarte garante que se esforçou para tal: "Em várias ocasiões tivemos oportunidade de haver solução e manter perfeitamente intacta a imagem de Angola. Mas nem isso fez." Carlos Cunha não é o único individuo suspeito a ser indicado para um cargo importante no consulado de João Lourenço. Na apelidada "dança das cadeiras" dirigida pelo Presidente do país, mantêm-se nomes duvidosos, como é o caso do governador do Banco Nacional de Angola José de Lima Massano, o que deixa alguns setores descrentes em relação à governação de João Lourenço. Deveria haver algum critério a ser tomado em conta antes do Presidente da República indicar gente para cargos da sua confiança e de relevo para o país? "A questão é que não se utiliza a meritocracia, como critério principal em Angola, mas sim a militância. E depois, na militância aquele que está próximo do fulano é que muitas vezes é puxado porque é um bajulador, endeusa o Presidente, é uma pessoa que não tem a capacidade crítica. Então, é mais ou menos esse tipo de critério que enferma o país", responde o analista David Kissadila. Espera-se que integrantes de um órgão como o Conselho da República sejam, entre outras coisas, íntegros e honestos. Mas para que tal seja uma realidade é preciso relançar pessoas honestas, considera Kissadila. Mas o analista recorda que "a questão do MPLA é que a corrupção se tornou uma cultura, o nepotismo tornou-se uma cultura, a bajulação tornou-se uma cultura. Quer dizer que é preciso rever a ética política do MPLA, a ética deve impor-se a política, ou seja, deve haver conduta de cidadania, deve-se promover conduta da moralidade, o que não existe infelizmente." Enviar artigo por e-mail Comentários jc (lda): "a questão do MPLA é que a corrupção se tornou uma cultura, o nepotismo tornou-se uma cultura, a bajulação tornou-se uma cultura. Quer dizer que é preciso rever a ética política do MPLA, a ética deve impor-se a política, ou seja, deve haver conduta de cidadania, deve-se promover conduta da moralidade, o que não existe infelizmente." Portugues : É preciso trazer à justiça portuguesa estes criminosos de Angola. E claro confiscar-lhes o 'kumbu'. O 'kumbuzinho' todinho. Nada nos deve escapar. Anónimo : Este portal bloqueia os IPS. Antonico : mas desde 2015 si agora vem o asssunto a baila?!?? hummm muito estranho. Kinga ! esperem, ele vai vos responder como tem que ser. : ele tem peito pra enfrentar a fera! esse cota investe sim em angola e a da sem guarda costas! tem familia educada. : conduz nas fazendas dele , trabalha bue . eh inveja ! nao eh verdade esse caso. : querem se aproveitar! esse muadie subiu a custa dele ; tem o seu e da bue de emprego e da de comer a buereee de angolanos. Investe na terra angolana. falso! o musico nem veio como ia pagar sem actuar? esse espanhol queria eh uma comissao, isso sim : noticia mal contada. O mulato Angolano pensa que é braco ! Agora está mal..hahahaha : Melhor não ir pra Lisboa vão te prender. Mas isto assuta e surpreende alguém? : Se formos mais ao fundo do passado dos que ocupam Cargos Públicos e Governamental, talvez só metade deles estariam a trabalhar com perdâo arrojada. Angola estava transformada numa criminalidade generralizada. Os poucos e pouquinhos mesmos que estavam a tentar a viver Sem estes crimes e vícios, eram vistos como inimigos principais e mais perigosos que o Savimbi e os Tais imperialistas. Este Cunha, via-se logo quando falava e criticava a ISABEL dos Santos e outros.... Ai esta Angola...!!! sermos governados pelos criminosos. Che Guevara da Lunda (Combatente da Frente) ATENÇÃO : Não fiquem tapados angolanos, estes FDP Fomeados Drogados de Portugal querem roubar ao estado angolano fundos por saber que não estamos mais no tempo de @balheira do G JES. Jikulu meso angolanos e povo Lunda Tchokwe. MANUEL PINHEIRO (MP@MARTAL.AO): Nunca deixará de ser uma pessoa credível e útil a Nação por ser condenado num tribunal num processo de não cumprimento de um acordo, por razões alheias a vontade do condenado. Carlos Cunha conta comigo ai ten coisa : Carlos Cunha pode ate nao ser tao inocente assim, mas tambem nao carrege as culpas todas... Portugal ja esta a tentar arranjar formas de arrancar dinheiro de Angola a forca e aproveita-se de alguns erros minimos cometidos por altas figuras do Estado Angolano pra sujar o Bom Nome de Alguns Angolanos se nao todos e coseguir o que muito quer. que todos nos sabemos DINHEIRO DO ESTADO ANGOLANO!!! MUITO CUIDADO COM O GOVERNO PORTUGUES QUE DE SANTINHOS NAO TEM NADA. Moderado (Luanda): Mas se o músico nem sequer deslocou a Angola, não atuou, como é que foi condenado a pagar tanto dinheiro? Essa empresa gastou esse dinheiro todo com o tal tenor? Ou é porque se trata de Angola, cada um vem debicar o seu pedaço. Valorizem os nossos músicos e a nossa cultura e deixem de pagar tanto dinheiro que faz tanta falta ao pais. Angolano (Angola): A ser verdade que se exonerar e pronto,batatas podres não podem representar o povo, devem ser varridas antes que não contaminem e sujem o país. PURO BANTU : Makuta Nkondo tinha razão: JLo não é presidente de todos os Angolanos, mas sim do MPLA. Anónimo : Um Presidente que nem consegue fazer pu nem sabe o que significa duo dilligence para nomeação de altas figuras... com esse JL também vamos sofrer e muito. Esse tipo do Carlos Cunha também, tanta boca na hora de criticar os outros ao final também não passa de um burlador. Aempre andou mancumunado com o sistema e o regime? Que pena JL e o MPLA. As vezes me pergunto: quem é que se pode aproveitar no MPLA, que não tenha vícios de lesa pátria. Agora também JL devia ameaçar outra vez os portugueses para devolverem o processo de Carlos Cunha antes de ser julgado, como fez com o seu delfim Manuel Vicente. Só porque MV patrocinou a sua campanha eleitoral e Carlos Cunha não. Este JL não é presidente de todos os angolanos, maz de alguns. É um intrujão e interesseiro. Anonimo (Luanda): só agora que esta noticia vem a tona vão la bujiar todos sabem o quanto este empresário é critico as praticas erradas por parte do Governo cessante quanto a incumprimento tem que apurar os factos não será que ele também foi enganado por parte dos dirigentes da corrupção? É com esta equipa de malandros que algum dia João Lourenço será o Messias Salvador da Pátria? : É com esta equipa de malandros que algum dia João Lourenço será o Messias Salvador da Pátria? Cantineiro Tuga : Nada de especial. Coisa de "genuínos". Mesmo que neste caso o sujeito seja um pouco desbotado. Quer Comentar? Nome E-mail ou Localização Comentário Aceito as Regras de Participação comentar

O Conselho da República conta com um novo membro de índole duvidosa. Trata-se do empresário Carlos Cunha que recentemente foi condenado pela justiça portuguesa a pagar 1.800.000 euros por incumprimento de contrato.

No passado dia 3 de janeiro, o Presidente de Angola nomeou o empresário Carlos Cunha membro do Conselho da República. Mas o homem que mereceu a confiança de João Lourenço tem a sua honestidade beliscada. É que o empresário não respeitou um acordo com o empresário espanhol Severino Echarte no âmbito de uma iniciativa que visava levar à Luanda o tenor Plácido Domingo em 2015.

Em causa estava a comemoração dos 40 anos da independência de Angola prevista para 6 de novembro daquele ano. E o que deveria ser um evento histórico para Angola acabou nas barras do tribunal.

O lesado meteu queixa contra Carlos Cunha: "Não só digo eu que é um caso de absoluta má fé, como também as sentenças que foram proferidas pelos tribunais portugueses, e que ditaram a sentença no passado mês de dezembro, acusam-no de autêntica má fé, de total incumprimento do contrato. Tanto ele como as pessoas que estavam ao seu redor."
As desculpas de Carlos Cunha
No 11 de Dezembro de 2018 o Tribunal da Relação de Lisboa validou a condenação do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, de 30 de novembro de 2017, que determinava o pagamento de mais de 1,8 milhões de euros, mais juros e outros custos, por parte da empresa de Carlos Cunha, a Paladar, à Trio Austral Consulting Limited, empresa do espanhol Severino Echarte.

Tudo começou com o incumprimento do contrato entre as duas empresas, a Paladar deveria ter pago duas prestações de 900 mil euros a Trio Austral pelos seus serviços: a primeira até 30 de junho de 2015, e a segunda, até 30 de setembro do mesmo ano.

Segundo Severino Echarte, quando questionado sobre as violações do contrato "ele dizia que estávamos com as mais altas instâncias do país e que era gente de bem e que tudo se iria cumprir até ao último minuto. Mas era tudo mentira, nada foi cumprido, nada."

O empresário espanhol lembra que a apoiar esta iniciativa estava, por exemplo, a ex-primeira dama de Angola Ana Paula dos Santos e sublinha que um projeto que envolve interesses do Estado, como a celebração da independência, só seria possível com o aval do Governo. Mas nem este se importou com o incumprimento, diz.

Sobre a hipótese de mediar o caso amigavelmente com Carlos Cunha, Severino Echarte garante que se esforçou para tal: "Em várias ocasiões tivemos oportunidade de haver solução e manter perfeitamente intacta a imagem de Angola. Mas nem isso fez."

Carlos Cunha não é o único individuo suspeito a ser indicado para um cargo importante no consulado de João Lourenço. Na apelidada "dança das cadeiras" dirigida pelo Presidente do país, mantêm-se nomes duvidosos, como é o caso do governador do Banco Nacional de Angola José de Lima Massano, o que deixa alguns setores descrentes em relação à governação de João Lourenço.

Deveria haver algum critério a ser tomado em conta antes do Presidente da República indicar gente para cargos da sua confiança e de relevo para o país?

"A questão é que não se utiliza a meritocracia, como critério principal em Angola, mas sim a militância. E depois, na militância aquele que está próximo do fulano é que muitas vezes é puxado porque é um bajulador, endeusa o Presidente, é uma pessoa que não tem a capacidade crítica. Então, é mais ou menos esse tipo de critério que enferma o país", responde o analista David Kissadila.

Espera-se que integrantes de um órgão como o Conselho da República sejam, entre outras coisas, íntegros e honestos. Mas para que tal seja uma realidade é preciso relançar pessoas honestas, considera Kissadila.

Mas o analista recorda que "a questão do MPLA é que a corrupção se tornou uma cultura, o nepotismo tornou-se uma cultura, a bajulação tornou-se uma cultura. Quer dizer que é preciso rever a ética política do MPLA, a ética deve impor-se a política, ou seja, deve haver conduta de cidadania, deve-se promover conduta da moralidade, o que não existe infelizmente."

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