Angola/RDC: a polémica “Operação Transparência
Angola nega repatriamento forçado e morte de cidadãos da RDC no âmbito da “Operação Transparência”. ONU denuncia expulsões violentas e em massa e acrescenta que entre os expulsos figuram refugiados. RDC vai "investigar" e deu dois meses aos angolanos ilegais para abandonarem o país.
Pelo menos 281 mil cidadãos congoleses deixaram Angola desde 25 de Setembro de 2018, no âmbito da Operação Transparência levada acabo pelas autoridades angolanas.
O ministro do Interior considera “falsas” as imagens que circulam nas redes sociais sobre alegada tortura e morte de cidadãos da RDC nas zonas diamantíferas do país.
Ângelo da Veiga Tavares sublinha que “pessoas de má-fé têm estado a realizar uma campanha contra o Estado angolano”. O ministro assegura que até ao momento “não foi registada nenhuma violação de direitos humanos nas Lundas”.
Paulo de Almeida, comandante-geral da Polícia Nacional de Angola, minimiza as acusações, garante que “a operação vai continuar” no terreno e que as “situações irregulares” serão corrigidas.
De relembrar que a agência da ONU para os refugiados alertou para sobre a alegada saída forçada de Angola de cerca de 200.000 cidadãos da vizinha RDC nas duas últimas semanas. Philippa Candler, representante do alto comissariado da ONU para os refugiados em Angola, refere que a RDC não tem condições para receber estes cidadãos.
A República Democrática do Congo já se pronunciou sobre o alerta da ONU e revelou que está a realizar "investigações" ao sucedido. Além disso, Kinshasa deu dois meses aos angolanos ilegais para abandonarem o país.
Angola e RDC partilham 2.500 quilómetros de fronteira terrestre, a mais longa em África.
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