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País vendeu 130,5 milhões de barris no 3º trimestre

As exportações angolanas de petróleo atingiram, no terceiro trimestre, 130,5 milhões de barris, que, avaliados ao preço médio ponderando de 74,90 dólares por barril, resultaram num volume de receitas de 9,8 mil milhões de dólares, anunciou ontem, em Luanda, uma fonte oficial.

Dados fornecidos pela Direcção Nacional de Mercado e Promoção da Comercialização (DNMPC) do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos num encontro com as companhias petrolíferas que operam no país, indicam que a quota da Sonangol representou uma comercialização de 47,5 mil milhões de barris, que resultaram em 3,6 mil milhões de dólares.

Naquele período, foram vendidos cerca de 47.504.413 barris de petróleo bruto, com uma receita bruta de mais de 3.550.802.874 de dólares, contra os 52.563.88 de barris registados no segundo trimestre, que resultaram em 3.891.672.188 dólares.

As contas indicam que, no decurso do terceiro trimestre, a Sonangol vendeu, em média, 516.352, 32 barris de petróleo por dia, registando uma significativa redução relativamente ao trimestre anterior, quando o volume foi de 577.625, 08 barris.

O preço do petróleo registou uma subida de cerca de 60 por cento, como explicou o director nacional de Mercado e Promoção da Comercialização, Gaspar Serrão, em declarações aos jornalistas, que pela primeira vez foram convidados para o encontro que se realiza há mais de 30 anos.

No terceiro trimestre, os preços começaram em alta mas, no final de Junho, houve um declínio que continuou até Agosto, voltando a estabilizar-se em Setembro, quando atingiram o valor mais alto do trimestre, sublinhou.

O especialista em petróleo José de Oliveira reconheceu que a melhoria dos preços tem um reflexo nas receitas do país, mas que tem havido uma quebra na produção. “O que se estará a fazer neste momento é criar condições para que, no próximo ano, possa ser retomada a exploração na massa sedimentar no ‘offshore’”, prevê o analista. Sobre a quebra que se regista na importação de derivados de petróleo, José de Oliveira referiu que tal deve-se ao baixo consumo ligado à crise económica. Ressalvou, contudo, que regista-se, também, menos consumo de gasóleo devido à progressiva estabilidade que o sector eléctrico regista. “Agora gasta-se muito menos diesel para gerar electricidade”, acentuou.
Ramas angolanas

O desempenho favorável das ramas angolanas no mercado internacional durante o terceiro trimestre, que se reflectiu na melhoria dos preços médios alcançados, teve como factores a melhoria das margens de refinação, em antecipação à época de Verão no hemisfério Norte e o retorno da produção das refinarias asiáticas, ao mesmo tempo que se assistiu à valorização das margens de refinação da gasolina, gasóleo e nafta, segundo a Sonangol Comercialização Internacional (Sonaci).

A China continua a ser o principal destino das exportações do petróleo angolano, com 55,98 por cento no terceiro trimestre, contra 55,61 por cento no anterior. Segue-se a Índia, que passou de 8,08 para 11,88. Com quotas mais modestas, a Espanha, Estados Unidos, Canadá, Portugal, França, Indonésia, Itália, África do Sul aparecem nessa ordem.

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