Header Ads

Governo acredita que câmbio oficial e paralelo vão estar equiparados em breve

Dos 150 por cento que em Janeiro deste ano separavam o câmbio oficial do paralelo, o Governo diz que actualmente restam apenas 20 por cento e que, em breve, no espaço de meses, deixará de existir qualquer diferença.

Esta ideia foi transmitida pelo ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, durante a apresentação aos deputados do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018 - 2022), que teve lugar na Assembleia Nacional.

Tapar o buraco entre o câmbio praticado pelos bancos comerciais e o praticado pelas "kinguilas", ou mercado paralelo, que desde 2014 não parava de aumentar, até que em Janeiro desde ano, o Governo e o Banco Nacional de Angola (BNA) mudaram a política cambial.

Política essa que deixava o Kwanza flutuar ao longo de uma faixa de câmbio semilivre, onde o valor deixou de ser definido oficialmente para passar a ser definido pelas melhores ofertas dos bancos comerciais no mercado primário, ou seja, na compra de divisas em leilão realizado pelo BNA.

Apesar de terem sido introduzidas alterações na chamada banda de flutuação, que foi estreitada para um máximo de 2 % para cima e para baixo, a verdade é que o câmbio da moeda nacional face ao Euro e ao dólar norte-americano estabilizou, chegando mesmo a ganhar escassamente terreno nos últimos leilões.

Mas a marca mais profunda desta nova política cambial da equipa económica do Executivo de João Lourenço foi a perda substancial de valor do Kwanza face ao Euro e ao USD.

No caso do Euro, que passou a ser a referência a partir da qual é definido o valor do restante cabaz de divisas, passou de 185 para 350 kwanzas, oficial, enquanto no paralelo, passou de quase 600 kwanzas para os actuais 410/420 no espaço de menos de um ano.

Mas, segundo Nunes Júnior, o esforço para tapar o buraco que separa os câmbios oficial e paralelo vai manter-se até que este desapareça por completo nos próximos meses, porque "essa convergência trará grandes benefícios para a economia nacional".

O PDN, agora apresentado aos deputados, recorde-se, é o documento de base para toda a política económica do Governo de João Lourenço, sobre o qual serão elaborados os orçamentos anuais e serão definidas as estratégias de médio prazo para resolver os constrangimentos provocados pela queda abrupta do valor do petróleo em meados de 2014 e devido às fragilidades até aqui inerentes à actividade económica nacional, como é o caso da corrupção e do peculato, cujo combate é uma das prioridades do Executivo.

Sem comentários

Com tecnologia do Blogger.