Header Ads

BFA contribui com 36% dos lucros do BPI

O banco português BPI registou um lucro de 529 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com a actividade em Portugal a render 324,4 milhões de euros, contribuindo com 61% do resultado consolidado.

A participação no banco angolano BFA gerou, por sua vez, resultados positivos no valor de 193,7 milhões de euros (menos 58 milhões de euros no período homólogo de 2017), que inclui os impactos do reconhecimento da participação no BFA de acordo com as IAS 29 e da desvalorização do kwanza, contando por 36,6% dos lucros da instituição financeira.

O presidente executivo do BPI, o espanhol Pablo Forero, considerou mesmo, durante a apresentação dos resultados, que a nova taxa cambial aplicada ao kwanza é uma medida que pode ter impacto positivo em Angola, juntamente com o pedido de intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI). “A nova taxa cambial do kwanza é um passo positivo, bem como a solicitação de ajuda ao FMI”, afirmou Forero na conferência de imprensa, que disse ainda não ter quaisquer novidades em relação à redução da participação do BPI no BFA.

“Não aconteceu nada de particular em relação à redução da participação no BFA, a equipa está focada em fazer negócio num momento de mudança de Angola, mas não temos nada de particular a dizer”, comentou Pablo Forero.

A fatia de leão dos lucros do banco controlado pelo grupo espanhol CaixaBank foi alcançado com a actividade em Portugal, com o lucro total de 529,1 milhões de euros a destacar-se em comparação com o período homólogo de 2017, quando o BPI obteve lucros no valor de 22,6 milhões de euros. Os 324,4 milhões de euros provenientes da actividade em Portugal equivaleram a 61% dos resultados dos três primeiros semestres de 2018. “Mais de metade dessa cifra é suportada pelo resultado recorrente das operações em Portugal, de 164,2 milhões de euros, que representa um crescimento de 20% face ao mesmo período de 2017”, refere o BPI, adiantando que o restante inclui os ganhos extraordinários com as vendas da participação na Viacer (59,6 milhões de euros, já registados no 1.º trimestre), da BPI Gestão de Activos e BPI GIF (61,8 milhões registados no 2.º trimestre) e dos negócios acquiring/TPA (42 milhões registados no terceiro trimestre).

Os bons resultados da actividade comercial do BPI no mercado doméstico estão reflectidos no aumento de 1.343 milhões de euros nos depósitos de clientes, para 20.711 milhões de euros (+6,9% ytd). Já os depósitos de investidores institucionais e financeiros registaram uma descida já esperada (-44%), que resulta de uma política activa do BPI de redução da oferta destes produtos com o objetivo de optimização dos rácios de liquidez.

Sem comentários

Com tecnologia do Blogger.